Segunda, 10 Março 2014 14:07

Saiba como escolher a melhor escola para seu filho

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Atividades montessorianas despertam a autoconfiança. Atividades montessorianas despertam a autoconfiança.

Segundo especialista, a metodologia de ensino é fundamental na hora de pensar no futuro das crianças

É hora de colocar os filhos na escola. Escolher a escola dos filhos não é tarefa simples, afinal, é lá que eles irão passar a maior parte do dia. Além de se preocupar com a localização do colégio, segurança, higiene, alimentação e, principalmente, se os professores vão cuidar bem deles, há também um detalhe muito importante a ser avaliado, os métodos educacionais e pedagógicos adotados por cada instituição de ensino, o que acaba deixando muitos pais indecisos.


Escolher uma metodologia de ensino de acordo com as necessidades do aluno e as expectativas dos pais é importante, mas nem sempre é uma tarefa fácil. De acordo com a pedagoga e especialista em Gestão da Educação, Iliane Ribeiro, é preciso que haja uma sintonia entre o aluno e a maneira com que a escola trabalha, mas essa escolha pode representar um desafio para os pais. Segundo a especialista, não há regras definidas, mas, sim, inúmeros fatores que devem ser combinados de acordo com os valores da família e as características de cada criança. A metodologia será um dos fatores a ser levado em consideração na hora de escolher a escola ideal.


Metodologias


Conteudista - Preocupa-se mais com conteúdos formais, sem focar tanto na individualidade do aluno ou no desenvolvimento de raciocínio lógico. A avaliação é feita principalmente por meio de provas.


Construtivista - Incentiva a construção do conhecimento pelo próprio aluno e valoriza o pensamento e raciocínio. A avaliação também é feita, principalmente, com provas, mas essas têm um caráter de diagnóstico do aprendizado do aluno, apontando o que pode ser melhorado.


Montessori - Objetiva desenvolver e aprimorar a coordenação motora, desenvolver a atenção e concentração. Possibilita, ainda, a liberdade de ação (independência); valorizando o indivíduo como pessoa, além de importar-se com o ambiente e as coisas; com a vida prática; relacionamento com os outros; execução das tarefas, destacando as conquistas, contribuindo para o desenvolvimento da autoconfiança.

Interacionista - Aborda o ensino com ênfase no desenvolvimento social. O aprendizado decorre da compreensão do homem como um ser em contato com a sociedade. Os estudantes são incentivados a realizar trabalhos em grupo e o desenvolvimento é derivado da linguagem (pode ser combinada com a construtivista). Apesar de também usar provas, conta com métodos de avaliação mais livres como trabalhos em grupo.

Waldorf - Valoriza o bem estar da criança no mundo e passa o conteúdo de maneira mais lúdica, por meio de poemas, música ou artes visuais. Não adota material didático, mas propõe que o aluno construa o seu próprio material de consulta no caderno. As avaliações são contínuas e diversificadas em diferentes formatos, que são usados também como diagnósticos e base para os futuros trabalhos.

“Apesar de ser uma das mais indicadas para essa nova geração, poucas escolas aplicam a metodologia Montessori. O grande diferencial deste método é o olhar com o foco no respeito às diferenças e à individualidade de cada educando. Onde mora sua grande riqueza, pois atende ao ritmo de cada criança, seus interesses e necessidades.”, afirma Iliane.

Os pais também devem cuidar para perceber se a criança se adaptou ao método adotado pela escola. “Nem sempre um bom colégio com uma proposta consistente vai atingir todo mundo. É preciso ver como o filho está quando chega em casa, como são os amigos, o que ele conta do colégio. Quando a adaptação não acontece, os pais devem pensar em trocar o filho de lugar”, diz Iliane.

Foi o que aconteceu com a fisioterapeuta ocupacional Fernanda Ferreira e suas filhas Mariana, de 8 anos, e Maria Fernanda, de 10. O primeiro colégio frequentado pelas meninas era tradicional e conteudista. Logo Luciana percebeu que ir à escola tornou-se uma rotina cansativa para as meninas. “Elas voltavam cansadas, não queria falar sobre o dia e iam logo para o sofá”, conta Fernanda, que passou então a procurar outras metodologias de ensino.
Depois de alguma pesquisa, a troca foi feita. “Uma amiga já tinha os filhos no Centro de Ensino Upaon-Açu e eu já conhecia um pouco da metodologia montessoriana. Fiquei encantada com a simplicidade e o método de aprendizagem. Há um respeito com os limites da criança, com o momento em que ela está pronta para aprender”, diz Fernanda, que depois matriculou as filhas.


Ao contrário dos métodos tradicionais, que valorizam o conteúdo, a proposta da metodologia montessoriana é incentivar o autoconhecimento aliado à autonomia e à independência. “A filosofia e prática dessa filosofia baseia-se no método de educação da observação científica dos processos de aprendizagem das crianças. Guiada por suas descobertas sobre como as crianças aprendem por elas mesmas. As atividades atendem a cada criança, em apresentações individuais ou em pequenos grupos, assegurando o respeito ao ritmo de cada aprendiz e o sucesso da aprendizagem”, explica Elsa Helena Balluz, diretora geral do Upaon-Açu.


Para adotar esta medotologia, a escola deve oferecer ambiente estruturado, com grande espaço para que a ação das crianças seja produtiva; nutrindo a sua curiosidade natural e instigando-a para novas descobertas com atividades apropriadas para cada etapa de sua vida.


Nesta perspectiva, a criança é a protagonista de um processo e autoconstrução, favorecido pelos cuidados do educador. “O método adotado por uma escola montessoriana busca despertar, em cada aluno, suas potencialidades e que ele se sinta confortável no ambiente onde estuda, em um espaço preparado para ele, utilizando os materiais que, de forma lúdica, ensinam conceitos, desenvolvem habilidades, tornando-os competentes e independentes”, detalha Virgínia Albuquerque, diretora e conselheira do Upaon-Açu.

Ler 4119 vezes Última modificação em Segunda, 10 Março 2014 17:08

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